Como estou falando de final de ano, o samba "O que é, o que é", composto em 1982 e que se tornou um grande sucesso de Gonzaguinha, filho do saudoso sanfoneiro Luiz Gonzaga, é outro que vai marcar presença nas mesas de bares e festas de confraternização nesta sexta-feira (22), penúltima semana no ano. Infelizmente em 1990, Gonzaguinha morreria num acidente de automóvel, no Paraná, quando retornava de uma apresentação.
Paulinho da Viola explodiu nas paradas de sucesso e nas rodas de samba no final da década de 1960, quando o seu samba enredo "Foi um rio que passou em minha vida" grudou na escola de samba Portela. Passados mais de 53 anos, em todo final de ano, na mesa de qualquer boteco essa canção não irá faltar, como ocorrerá nesta sexta-feira (22), penúltima semana do ano.
Nesta sexta-feira (22), penúltima semana do ano, em muitos botecos acontecerão as famosas rodas de sambas, onde mesmo sem nenhum talento, diversas pessoas cantarão músicas que caíram no gosto do povo.
Uma delas é o grande sucesso de Tim Maia, "Gostava tanto de você", composta pelo seu amigo de adolescência Edson Trindade, em 1973. É a prova que as boas músicas jamais serão esquecidas. Mate a saudade.
Do fundo do baú, Os Originais do Samba cantando um dos grandes sucessos do Demônios da Garoa, "Saudosa Maloca". Como ocorre em todo final de ano, essa canção não vai faltar nas mesas dos botecos depois que o pessoal sair do trabalho para se despedir de 2023 em alguma mesa rodeada de bebida e salgadinhos.
Este grande sucesso de Etta James, "Stormy Weather" gravado em 1960, voltou às paradas quando virou trilha sonora de uma marca de cerveja, no início dos anos 2000. Nos bailes serviu de trilha sonora para muito namoro se tornar em casamento, época de se dançar de rostinho coladinho.
"Na hora da sede", conhecida como samba do copo d´água, na voz inconfundível de Clementina de Jesus, é autoria da dupla Luís Américo e Braguinha. Nas mesas de bares neste final de ano, mais uma vez esse grade sucesso do passado será lembrado.
Todo final de ano se repete a mesma cena nas mesas dos bares: as pessoas cantando músicas antigas para se despedir de mais 12 meses de trabalho. Uma delas é "O trem das Onze", de Adoniram Barbosa, que se tornou um dos maiores sucessos da MPB.
Após o poetinha Vinicius de Moraes chamar São Paulo de o túmulo do samba, por causa do jeito proposital de falar errado de Adoniram Barbosa em suas músicas, os Demônios da Garoa ganharam o Prêmio de Músicas Carnavalescas do IV Centenário do Rio de Janeiro em 1964, com o hit "O trem das onze". Anos mais tarde Vinicius se desculpou pela frase infeliz.
O mais curioso é que nunca existiu o trem das onze, que passava pelo bairro paulistano do Jacanã, Zona Norte e sua última estação era na Base Área de Cumbica em Guarulhos. O último trem saia às 10h da noite de SP. Era o famoso trenzinho da Cantareira, que deixou de circular em 1964.
